quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Seleta de Sonetos n2nov2019 * Antonio Cabral Filho - RJ

Seleta de Sonetos n2nov2019
SOLFEJO POÉTICO

Deus me dotou de sensibilidade,
graça do berço, que jamais me deixa,
a fim de ouvir do meu irmão a queixa
e transmitir-lhe alento e caridade.

Ouço cantigas, vozes de uma gueixa
nas minhas noites de serenidade
e embora veja em mim juntar-se a idade,
a poesia em meu verso ainda se enfeixa.

“Dês” que me entendo, leio bons poemas,
gravados sem ridículos morfemas
e sem o tal espaço intertextual.

Eu busco refletir o brilho infindo
de estrelas, no meu mundo raro e lindo...
E que se dane a orgia intelectual.



*** Soneto escrito em 10 minutos.



Prêmio publicação na Academia Araguari de Letras 


VISLUMBRE


Entras, no aprisco ameno do teu ninho,
à luz bruxuleante de alto círio...
Brincas e cantas como um alvo lírio
no campo a suspirar, leve e sozinho.

Despe-te. E um grito, um frêmito, um delírio
das rendas perfumadas e do linho
estruge. Nua estás. Jura e carinho
envolvem tua carne, suave empíreo.

Deitas... E o farfalhar do fresco leito
são beijos ofertados por direito
dos lábios invisíveis dos lençóis.

Dormes! E todo o quarto, de repente,
entre sussurros, fica resplendente,
iluminado por milhões de sóis.


Humberto Del Maestro - ES



MISTURA DE SENTIMENTOS

Por: Luzia Rodrigues -AL


Para o amor, um caprichoso laço
Forte, apertado dentro do abraço
Envolve com ternura e emoção
Sentimento que une dois corações

Para a saudade, pranto cheio de amor
Sentimento profundo vem com dor
Invade, arde e ninguém segura
Leva para o passado, uma loucura!

Quão importante essa tal saudade
Enche de lágrima e felicidade
Misturando todos os sentimentos

Causando confusão nos pensamentos
Neste sonho que já matei a vontade
Quero acordar, viver a realidade!
 

EN LA HOGUERA
soneto


Te acercas para encender nuevamente la hoguera
de nuestra quimera, y nuestra cama huele a pasión
que inunda de deseos toda la habitación
como una caliente tentación que ya no espera.

En esta hoguera, eres tú la perfecta madera
que encendiera hasta el fuego de mi imaginación
y entonces, bailo al compás de tu respiración
en una conjugación de cintura y cadera.

Y cuando desabrocho ya el último botón 
de tu pantalón, ¡ay! el delirio es evidente
pues, gimen hasta los latidos del corazón.

Mi piel se ajusta a tu curva de manera urgente
y de repente, bailas conmigo el mismo son
de éxtasis, delirio y sudor, en un fuego ardiente.


[03/10/2019]
© Estela M. Báez - Paraguai

DESESPERO


O silêncio das frias madrugadas
Só me traz sentimentos pesarosos,
Por não ter minhas faces afagadas 
Por tuas mãos, que têm dedos tão sedosos.

Tanto assim, por quê sofro neste mundo?
Ora veja, meu bem, sem teu carinho? 
Eu me sinto um grande moribundo,
Porque vivo no mundo tão sozinho.

Por quê de ti, distante sempre estou,
Que me importa se existe vida linda?
Eu confesso: não sei mais nem quem sou.

Se a mim um esplendor a vida brinda,
Quem na vida guarida não encontrou...
É de quem tanto sofreu e sofre ainda!


Poeta Lázaro São Luiz - MA


Quero-te, amante


Quero entregar-me ao teu amor
Entre desejos, calor de amantes,
Amarmo-nos sem nenhum pudor
Nos sonhos mais delirantes

Nos nossos delírios saciarmos a sede
Em momentos que deixas saudade,
De um sonho que busca verdade
Por tudo que nos segredo

Amar-te me trás leveza a alma
De um querer-te sublime,
E no teu corpo sentir a calma

Navegando nele: - em teu acalanto
Dormir com teu gozo esplêndido, 
E no sussurro ouvir teu canto...
  
                          Genildo Mateus - RN



POETA POR UN DÍA (soneto)



Soy simplemente una gota de agua cristalina

que brota en la esquina del caudal del pensamiento
y bailo con la vida, como una pluma al viento
en presagio de una tormenta que se avecina.

Soy eco del silencio que irrumpe esta rutina
que domina cada pliego de mi sentimiento,
y mi alma se entrega sin miedos al movimiento
del universo que adormece tras la cortina.

Soy descendiente del sol en un día perfecto
y, la luna da afecto materno al alma mía
en las noches de insomnio, que me habla en su dialecto.

Comparto hasta la mesa con la melancolía
en un sorbo de poesía de nulo efecto,
y entonces, me convierto en poeta por un día.

[11/10/2019]
© Estela M. Báez - Paraguai


CORAÇÃO DE OURO 


É difícil encontrar-se uma pesso
Que repleta de tal perseverança 
Seja assim realmente muito boa 
Desde os seus dóceis tempos de criança. 

A fortuna não anda assim à toa 
E por mais que se tenha esperança 
De encontrar uma princesa que entoa
Em seu cântico, o som, prá linda dança.

Mas eu tive a fortuna que ainda soa
Nos ouvidos deste que sempre alcança,
Encontrar neste alguém que não destoa.

E mulher que é feliz e não é tansa, 
Que possue um carinho, o qual me doa,
De uma forma silente e muito mansa.
Poeta Lázaro! São Luis-Ma.

Soneto bárbaro 15 ao escritor

(Sílabas fortes: 3a; 7a; 11a e 15a)


É uma dádiva divina ser na vida um escritor!
Refazer o mundo inteiro e criar outros com a pena!
É tarefa doce e airosa a qualquer um com muito amor
Pela língua e por contar do peito nobre a rica cena!

É colher material em qualquer canto que o Senhor
Deu a nós neste mundão que só não fala a alma pequena!
Usa o sol, o seu calor, para escrever cena de ardor;
Usa o frio patagônico ao citar quem se condena!

Usa cenas, sentimentos, personagens, ser querido,
Procurando cativar os teus leitores com paixão,
A paixão fundamental que tu demonstras escrevendo!

Então busca umedecer a tua pena na libido
Do tinteiro mais promíscuo dedicado à compaixão
De gerar do ventre fértil novas vidas em crescendo! 


Oliveira Caruso - RJ



Soneto bárbaro 15 à virtude do escritor

(Sílabas fortes: 3a; 7a; 11a e 15a)

A virtude do escritor é dar aos outros o seu mundo,
Feito a lâmina que abre a carne em duas ao preparo!
A virtude do escritor é cousa nobre, é dom profundo,
Mas apenas se se entrega a bons estudos! Caso raro...

Sei que muitos me lerão me reprovando o densibundo
Tecnicismo a que me agarro, mas - por Deus! - eu tenho faro
De saber quando o tinhoso a nós procura em caos imundo
A propor um cobertor ao preguiçoso... a preço caro!

E o que faz o preguiçoso? Investe em ser autodidata
Seja em prosa seja em verso, seja em artes ou na vida! 
Não desejo, meu bom Deus, do Pé-de-bode ver a pata!

O que eu quero é estudar os baluartes, a guarida
Cuja pena é mergulhada num tinteiro que tem prata
Para os versos e capítulos de uma mente enriquecida!


Oliveira Caruso - RJ

Soneto bárbaro 15 a Julia Cabral

(Sílabas fortes: 3a; 7a; 11a e 15a)


Nos teus olhos de luar eu vejo um laço de esperança!
Teu olhar é pueril! É virginal! Não foi fraudado
Por nenhum adulto podre sem palavra e sem bonança.
Teu olhar de guaraná é sempre doce, ser sagrado!

Teu olhar emana sempre o bom Jesus, a confiança.
Acalenta o coração deste teu tio apalermado
Ante tanta bizarria no país, minha criança,
Porque tu, meiga criatura, és sempre luz ante o danado!

Mas não percas as lições da tua mãe, dos teus avós,
Dos teus tios - eu incluso! -, que são cousas salvadoras
Ante o mundo dos abismos surreais de Satanás!

Ouve atenta o nosso amor por ti, criança, a nossa voz,
Pois as redes sociais também abrigam predadoras
Fazedoras de vis teias matadoras da grã paz!


Oliveira Caruso - RJ


 *Que culpa tenho eu?*


Tenho culpa de amar-te sem saberes?
Quem mandou atentar-me todo dia
Com sorriso tão belo que irradia
Que dos lábios se esvai sem perceberes?


De te amar em silêncio tenho culpa?
Quem mandou ser charmoso, tão bonito?
Quando passas, meu íntimo dar um grito
De desejos, por ti. Peço desculpa!


Ver-te, assim,  todo dia é um martírio,
Mesmo tempo, desejos e delírio
Que me deixam bastantemente louca


Só pensando te ter entre meus braços
E beijar loucamente tua boca
 Mergulhados nos mais ardentes abraços.


@ Sulamita Costa - PE


*Deixe disto, favor não me provoques*


Deixe disto, rapaz não me provoques!
Não me espies, delicado, deste jeito
Provocante, que assim dentro do peito
Fica dando supapos que nem choques.


Por favor, eu lhe peço, não me toques
Com seu toque , na pele, tão perfeito
Que não quero faltar com meu respeito
E perder o juizo... Não provoques!


 Não me queiras tirar a paciência
Insultando com tua saliência
Meu juizo co' ações tão provocantes.


E depois que eu perder minha razão
E meu corpo arder feito vulcão
Saberás o que é fogo em poucos instantes.


*@Sulamita Costa* - PE



SONETO DA CONFORMAÇÃO    


Cansado, mas repleto de ventura,
vou trilhando, afinal, o meu caminho.
A trajetória é bastante  dura,
sinto na carne a dor de cada espinho.

Mas não me acovardarei. O passarinho 
canta muito mais alto na clausura.
Se meu corpo lamenta  - eu me definho;
estou feliz, meu coração murmura.

Tive aplausos e apulpos invulgares.
O riso e a dor, o elogio e a ofensa 
me acompanharam, dia a dia, aos pares.

Terei da caminhada a recompensa:
se grande é a soma dos pesares,
a soma dos prazeres será imensa.


Antonio Tadeu Ferreira da Silva. 

Recife/Pernambuco

  ***

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Seleta de Sonetos Nº01/Set2019 * Antonio Cabral Filho - RJ

Seleta de Sonetos Nº01/Set2019
Org Antonio Cabral Filho - RJ

*Soneto bárbaro 16 de comoriência*

(Sílabas fortes: 4a; 8a; 12a e 16a)


Aquela noite, aquele beijo eu nunca mais esquecerei,
pois nada assim teve o meu peito em qualquer tempo desta vida!
Senti-me um bobo em plena corte, e me chamaste de teu rei,
mas bobo eu sou - eu sei que o sou! -, rainha doce e assaz querida!

Por teu sorriso eu faço tudo e te prometo: assim farei
até meu dia derradeiro nesta terra enlouquecida;
e nos meus lábios o teu gosto eu quero sempre e lutarei
para jamais me saciar, mi'a majestade enlanguescida!

Meu Deus, quem dera - ai, se eu pudesse! - conviver com minha musa
toda esta vida e só morrer comoriente já velhinho,
olhando firme nos seus olhos até vir devagarzinho

algo que é certo nesta vida, sem deixar margem confusa:
o beijo intenso da ceifeira em breve "ménage à trois"
até cerrarmos nossos olhos sem um triste blablabla!

(Príncipe de Mônica)
26/09/19 10:03 - Caruso PRO: Lembrando: em francês *trois* é lido como *troá*
26/09/19 10:14 - Caruso PRO: Esse soneto é todo escrito em 16 sílabas poéticas em cada verso, o que o torna um soneto bárbaro (aquele que tem mais de 12 sílabas poéticas em cada verso)


Oliveira Caruso - RJ
&


SONETO PARA MEU AMOR



Não sei mais viver longe de ti que tanto amo
Nem ficar mais tempo sem o teu doce beijo que tanto adoro
Tu te tornaste a razão porque as vezes choro
E o nome santo que ainda chamo


Só tu sabes dar a mim o amor que eu venero
E quando nos beijamos perco os sentidos
Vou pelo infinito dos meus sonhos despercebidos
Desfrutando desse prazer que tanto quero


Fascino-me com teus olhos de céu e mar
E dentro deles adquiro minha confiança
Já plantei em meu coração um pé de esperança
De que nunca mais tu pensarás em me deixar


Amo-te...Amo-te... Amo-te com muita paixão
Pois te tornou o único alimento do meu coração
E a razão mor que tenho pra viver


Minha vida vive em torno dos teus passos
É para mim impossível viver sem os teus abraços

Está fonte imensurável de prazer

Luiz Pereira da Costa - DF

&


APRESENTAÇÃO



Sou Lázaro Batista de Carvalho Santos
Teólogo, Filósofo, e meu coração,
De Pedagogo, psicanalista, e tantos;
Conhecimento adquirido no Maranhão.


Eu sou poeta antológico, assim, qual tantos,
Grandes bardos existentes neste torrão.
Gênios da literatura que até em prantos,
Beletrista, com a lira como bordão.


Capaz de se apaixonar por uma gatota
De olhinhos azuis e viver eternamente,
Entao, ela sendo a princesinha, linda brota,


Mulher de beleza estonteante, uma prenda,
Amante do beletrismo, essa bela porta,
Que corresponda aos meus carinhos, minha Brenda!


Lázaro Batista de Carvalho Santos

São Luis-MA. BRASIL, 15/09/2.019.

&


O que fica


Uma vontade desavergonhada
 com essa cara quase inocente
querendo te inundar, fazer enchente
e acabar com essa seca danada.

Matar vontades, doidas, estocadas, heim!!!¿
Sem culpa nem ressaca ressentida, nem!!! 
Seguir instintos, te caçar comida, vem!!! 
Teu corpo, minha hóstia consagrada, Amém!

Meu toque vai compondo teu enredo 
além do repuxo, te deixa a dica 
depois da fúria, explosão do torpedo.

O gen que transborda, que multiplica 
meu presente, todo teu brinquedo, 
o que te deixa a marca, o que fica.


Carlos Eugênio Rêgo - DF
eugenio,rego@gmail.com

&

 PELO SETEMBRO AMARELO, 

Um soneto que dediquei ao meu irmão suicida

Seu nome é Sérgio Luis Saldanha!

Acho triste deixar meu irmão cair no esquecimento...

SOMOS MEMÓRIA,
Ainda que doa...

A vida hoje encheu-se de lembrança
e as lágrimas fluíram do meu peito
ao reviver um momento bem estreito
que povoou minha história de criança

Meu irmão cheio de vida e energia
mergulhado em sua alma conturbada
escolheu partir da vida um certo dia
escolheu abandonar nossa invernada

Hoje quando olho o infinito
no céu cheio de estrelas prateadas
o sorriso do meu mano invade a casa

sua voz ecoa forte e decidida
mesmo que eu ainda não entenda
os motivos de sua trágica partida.

(Jidduks)
Jidhu Saldanha - RJ
06.04.2019

&

NÃO PRECISA MUDAR


Não precisa mudar pra eu te querer
pois te quero com todo teu defeito
porque tudo na vida dá-se um jeito
e a rudez que tu tens me dá prazer.

Não precisa mudar para me ter
nem ao menos rever o seu conceito.
Porque eu gosto demais deste teu jeito
e é por isso que quero me envolver.

Afinal quem no mundo é tão perfeito
que não tenha sequer um só defeito
pra julgar com tal peso e tal medida?

Para tê-lo, comigo, ao lado meu
mudo as coisas em mim, mudo até eu
se preciso, também, até a vida.


SULAMITA COSTA
nome literário do Escritor e Poeta Leonires Leite de Oliveira - PE

&

AMARELAS PROMESSAS


Abro a caixinha onde eu tenho guardado,
em pedaços de papel rasgado,
um tempo que eu pensei eterno,
verão de outrora que se fez inverno.

Letras corridas tão certas e doces,
que, naquele tempo, eu pensava que fossem
a certeza de sonho que embalava então,
que acreditava estar seguro em minha mão.

Pobre...pobre...este sonhar fagueiro.
De tudo, nada eu tive inteiro.
Incrédula, encontro esta desilusão.

Desilusão - mosaico de papeis rasgados,
pedaços d'outros tempos já trancados
no pretérito amarelo do meu coração.


WANDA CUNHA - MA

&

SONETO DE CARNAVAL


Enterrei a tristeza numa sexta-feira.
Bordei fantasia, cortei serpentina.
Vestida de sonhos em alegorias,
caí na avenida, sambei nas esquinas.

E sobre um quarteto de dias fugazes,
choveram confetes na minha alegria.
E o tempo passou sem que eu percebesse.
E a festa acabou na calçada vazia.

Acordo sozinha, o dia raiou
A volta da vida, é tudo tão gris.
É frio. O sonho já desencantou.

Me assusta, surpreende, me abraça inteira,
era a tristeza que ressuscitava
das cinzas agouras de uma quarta-feira.


Maria Antônia Maciel - MG

&

PRIMAVERA


Quando ela disse adeus e foi embora
naquela tarde cinzenta de outono,
eu descobri que o homem também chora
pela dor traiçoeira do abandono.

Mas a vida - sei muito bem agora -
tem fases, como as estações do ano.
Um amor se vai, outro amor aflora,
enquanto pulsa o coração humano.

E como no mundo nada é eterno,
seja no verão, outono ou inverno,
vive melhor quem não se desespera.

Mas tudo muda quando se enamora.
Aí, pouco importa o tempo á fora,
pois todo dia será primavera.


Antonio Francisco Pereira - MG

&

 "9 pavilhões, 7 mil homens, 111 assassinados e 25 anos de pioras" 

Um Carandiru foi-se (foice)

Foi-se pais. foices, filhos
que cortaram ossos no cepo
foi-se os dos cabelos crespos
estes eram especilhos.

Foice como dantes feitos
Qual Pelouros a aclarar
foice para exemplar
os ficados. desse jeito!

Foi-se para não mudar
Foice para inundar
mais de sangue a história.

foi-se foice e ainda é
o que estas gentes quer.
ser as foices da história.

Jocivaldo dos Anjos 02/10/2017.

&

Cárcere

(Soneto)

Hoje eu li um poema
um poema de um amigo
chaves ele usou de tema
versos que mexeram comigo

Movido pela inquietude da leitura
inspirado a escrever de mim
eu tenho fome de cultura
de amigos na mesa do botequim

Ele está engolindo chaves
derretendo a chaves
para forjar a que o solta

Eu na fossa de minhas paixões
desisti de procurar razões
não há no meu cárcere fechaduras.

(razoes da vida)

Adilson Oliveira - PR
https://www.recantodasletras.com.br/autores/dilso
dill-max@hotmail.com

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